sexta-feira, 4 de setembro de 2009

7a OFICINA (01 de setembro de 2009) - TP6

TP6 - Oficina 11- Unidade 22

Vamos dar início a nossa oficina que contempla as unidades 21 e 22.
O objetivo desta oficina é identificar estratégias relacionadas ao planejamento e à revisão durante a escrita de textos.

Parte I (20 minutos)
Neste momento, você participará da discussão sobre o conteúdo tratado nas unidades 21 e 22, tirando as dúvidas e tecendo críticas em relação ao conteúdo e à aplicação proposta.Portanto, espera-se que você tenha assinalado no texto básico os trechos que não compreendeu e aqueles que quer comentar.

Parte II (50 minutos)
Avançando na Prática

EEB Tenente Almachio - Professora Verônica Zabendzala
TP4, p. 182-183




EEB Jairo Callado - 8as séries - Professora Salomé Zemke

A estilística é uma das disciplinas voltadas ao fenômeno da linguagem. É o estudo do estilo.
1ª Etapa – Distribui o seguinte texto às equipes: “O casamento acontece em uma igreja pequena e simples, a noiva entra ao som da marcha nupcial enquanto o noivo a aguarda no altar, depois de resolver o pequeno transtorno o casamento se realiza e os convidados dirigem-se à festa.”
2ª Etapa – Passei outro papel a cada equipe com a seguinte orientação.
A – Usando o estilo dramatização transcreva essa cena como um casamento “jeca para uma festa de São João”.
B – Usando o estilo dramatização transcreva essa cena como um casamento “em uma comunidade do interior”.
C – Usando o estilo dramatização transcreva essa cena como um casamento “simbólico entre gays”
D – Usando o estilo dramatização transcreva essa cena como um casamento “Entre intelectuais”

Trabalhos dos alunos:
Equipe A
Entra um policial trazendo um assustado noivo pelo cangote, todos fecham o nariz:
Policial – Encontramos o safado, estava escondido no galinheiro do Chico.
Noivo – Eu não quero casá cum a Fredegunda seu padre.
Padre – Por que meu filho que você não quer se casar com a senhorita Fredegunda?
Noivo – Porque ela é muito feia seu padre e a Rosinha é uma frô de formosura e está ali chorando porque gosta de eu.
Policial – Deveria ter pensado nisso antes de ter se aproveitado da pobrezinha da Fredegunda.
Noivo – Não me aproveitei seu padre, ela qui si aproveito de eu.
Padre – Como assim, meu filho?
Noivo – lembra daquela noite qui vim trazê um bolo de fubá pro senhor, seu padre?
Padre – Sim meu filho, foi o melhor bolo de fubá que já provei. (com água na boca)

Noivo – Lembra que nóis dois tomemo um vinho do bão?
Padre – Um garrafão para falar a verdade.
Noivo – Pois é, quando saí da igreja era noite de lua cheia, e a Fredegunda si aproveito qui eu tava bêbado me jogô no mato e me usô.
Policial – Mentira a Fredegunda é uma menina ingênua e pura, ela que foi a vítima e você vai ter que casá ou morre seu safado!
Padre – Pois é meu filho, você tem que se conformar, quem manda ter o azar de encontrar em uma noite de lua cheia, a filha do policial da cidade?
Policial fala para a platéia – Consegui casar minha filha, agora não vou levar mais susto cada vez que acordar e olhar para ela.
O noivo chora, a marcha nupcial toca, a noiva entra mais feia do que nunca, a Rosinha desmaia, mas o casamento se realiza para alegria dos convidados que logo mais se fartam na festança.

Equipe B
Uma igrejinha lotada de gente enfeitada e que falam muito alto. O noivo espera no altar em companhia do pai.
Noivo – Pai tem certeza que preciso me casar? Queria tanto ir para a cidade estudar e voltar um doutor.
Pai – Você precisa casar com a Maria Chiquinha para unir nossas terras.
Noivo – Mas por que o senhor não compra essas terras do pai dela?
Pai – Eu tentei, mas ele não aceitou porque as terras pertencem à filha.
Noivo – Certo pai, vou obedecer o senhor, mas nunca vou lhe dar netos pois não quero dormir com quem não gosto. Eu nem conheço mais a Maria Chiquinha, só lembro dela criança, feia de dar dó, ela sempre morou com a avó, vocês arranjaram tudo sem nem ao menos me apresentar a ela.
Pai – Mas você também não estava aqui, estava na escola agrícola.
Noivo – Nunca vou sair com aquela coisa feia e desdentada na rua, vou ter vergonha.
Pai – Tudo bem meu filho, depois de assinar os papeis você faz o que quiser, eu só quero as terras e não netos.
Toca a Marcha nupcial todos olham para a porta e entra a noiva mais linda que aquela terras já viram. O noivo de boca aberta vê entrar aquela deusa de beleza e comenta com seu pai.
Noivo – Quantos netos mesmo o senhor disse que queria?
O casamento se realiza e a festa foi muito animada para alegria dos convidados. O noivo e a noiva não se largaram um só momento, de vez em quando sumiam, comentaram que estavam atrás de casa adiantando a lua de mel.

Equipe C
Dois homossexuais, Alfredo e Onofre, resolveram morar juntos, então os amigos planejaram uma festa simbólica de casamento para alegrar a vida deles. Depois de tirarem no palitinho quem esperaria no altar, Onofre se posicionou na rua para entrar ao som da marcha nupcial, enquanto Onofre mais sensível, esperaria no altar. Um amigo gay também fez o papel de padre.
Amigo – Estamos aqui reunidos para celebrar a união dos nossos amigos Alfredo e Onofre que a partir de hoje irão sentar no quiabo e comer croquete todo dia.
Alfredo – Vai rápido que já me deu fome, também com tanta comida que trouxeram para a festa!!
Onofre – Ai, já está me dando uma coisa!!!
Amigo – Onofre é de livre e espontânea vontade que se junta ao Alfredo?
Onofre – Sim, porque tem muita bicha louca por aí louca para levar o meu homem.
Amigo – Alfredo, você aceita ser fiel, a Onofre na saúde e na AIDS até que a morte os separe?
Alfredo – AIDS não terá vez aqui, pois já comprei isso. (mostra muitas camisinhas) os convidados suspiram.
Amigo – você não respondeu a minha pergunta, aceita ser fiel...
Alfredo – Pula essa parte de ser fiel. ( Pisca para um travesti )
Amigo – Então eu os declaro marido e mulher, ou será mulher e marido? Ou será marido e marido, mulher e mulher? Credo que confusão... tudo bem considerem-se casados. E vamos para a festa pessoal.
Começa a música macho man e todos comem e dançam.

Equipe D
Uma igreja muita gente séria esperando a chegada da noiva, muitos lêem jornais e livros. O noivo espera e fica feliz com a marcha nupcial.
Padre – Caríssimos diocenos, membros dessa fraternal igreja, aqui estamos para celebrar a união conjugal desses jovens sonhadores. Faço nesse ínterim a clássica pergunta: Alguém tem algo contra essa união?
Silêncio sepulral
- Eu tenho razões óbvias para por término a essa utopia matrimonial. – declarou um integrante da seleta platéia.
Padre – Sim, o senhor pode explicar essa inapropriada intervenção?
Integrante – Com certeza, esclarecerei minha brusca interrupção , esse casal não pode, sob nenhuma hipótese concretizar essa malfadada união.
Noivo – (indignado) Malfadada? Como ousas levantar semelhante calúnia? Seu infame!
Noiva – Permita que esse mancebo externize o que lhe pesa na alma.
Integrante – Sensata senhorita, lhe digo agora o porquê de eu estar aqui lançando por terra os seus mais recatados sonhos.
Padre – Prossiga, temos uma cerimônia a realizar.
Noivo – Não necessitamos dar ouvidos a esse cavalheiro inoportuno e volúvel...
Noiva – falará sim, meu pretérito é perfeito, nada temo.
Integrante – Esse casamento não pode se realizar porque existe uma forte razão: Seu noivo e eu nos amamos ele se casaria apenas por conveniência...
Um oh geral se ouviu na platéia.
Noiva – Que excelente notícias pois eu e a madrinha desse casamento fracassado também nos amamos e queremos ficar juntas por toda eternidade.
Duplo oh se ouviu.
Após os nubentes se acertarem com seus amores em público foram todos para a festa onde permaneceram em confraternização até amanhecer o dia.


Parte III (150 minutos)
Nesta parte da oficina, vamos desenvolver uma crônica a partir de um trecho do texto de Moacyr Scliar, publicado em O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2002. p. 155-156.
 
Espírito Carnavalesco

“Ensaios da escola de samba Mocidade Alegre atrapalham sono de moradores da região.”
Cotidiano, 29 jan. 2001

Cansado, ele dormia a sono solto, quando foi bruscamente despertado pela esposa, que o sacudia violentamente.
– Que aconteceu? – resmungou ele, ainda de olhos fechados.
– Não posso dormir. – queixou-se ela.
– Não pode dormir? E por quê?
– Por causa do barulho – ela, irritada: - Será possível que você não ouça?
Ele prestou atenção. De fato, havia barulho. O barulho de uma escola de samba ensaiando para o carnaval: pandeiros, tamborins… Não escutara antes por causa do sono pesado. O que não era o caso da mulher. Ela exigia providências.
– Mas o que quer você que eu faça? perguntou e, agora, também irritado.
– Quero que você vá lá e mande eles pararem com esse barulho.
 
Biografia
Moacyr Scliar nasceu em Porto Alegre; é médico e escritor. Ganhador de vários prêmios como o Érico Veríssimo (1976) e o Jabuti (1988, 1993 e 2000), tem colaborado com rádios, TVs e jornais como o Zero Hora, de Porto Alegre, e a Folha de São Paulo.
 
Reunidos em grupos, desenvolvam as atividades a seguir.

a) Tendo em vista as leituras das unidades, desenvolvam o fechamento do texto. Enquanto o grupo produz o texto, todos devem procurar falar alto as decisões que tomam, perguntas que surgem, diálogos com o texto que possam ocorrer. Um dos colegas vai anotar todos os elementos de planejamento e revisão que ocorrerem durante a escrita do restante do texto.
b) Leiam o texto produzido para o restante dos colegas. 
c) Em seguida, apresentem as anotações sobre os procedimentos e tomadas de decisões produzidos durante a escrita do texto. Discutam com seus colegas.
d) Façam então um planejamento sobre a utilização desse texto em sua sala de aula. Que procedimentos utilizar? É possível utilizar algumas das estratégias identificadas durante a escrita do grupo para o trabalho com a escrita em sala de aula? Justifique.
e) Apresentem seu planejamento e a justificativa aos colegas de oficina.

RESPOSTAS DAS CURSISTAS

Final do texto Moacyr Scliar

(...)
- Mas como, mulher? Fica quieta e dorme!
- Já disse que não consigo dormir, afinal de contas para que serve seu diploma de Direito e para que exerce a função de promotor público?
- Será que você não entende que eles precisam ensaiar para o carnaval e têm o horário fixo para tal? Dorme que já já isso para... Termina.
- Eu quero dormir já, ou vai lá ou eu vou para a casa da mamãe.
- Que falta de consideração! Se quiser ir vá, estou pouco ligando, agora me deixa sossegado.
Era meia noite quando um automóvel atravessa a cidade, tomando uma estrada de barro batido e um motorista furioso, soca o volante e xinga a esposa por tê-lo feito levantar-se para levá-la ao sitio dos pais. A esposa com um leve sorriso irônico pensa:
- Eu venci como sempre acontece! Quem mandou não me ouvir. Os homens têm que lembrar que “O homem governa o mundo, mas a mulher governa o homem”.
(Por Verônica e Salomé)

Idéias que envolveram o final...
1 - Primeiro encontrar uma profissão para o marido; (advogado, policial, promotor)
2 – dar uma idéia de domínio feminino; (mesmo com todo poder que ele exerce na sociedade)
3 – Incentivo ao abuso de poder;
Estratégias para trabalhar em sala.
1 – levar jornal;
2 – procurar noticia do interesse;
3- Direcionar para crônicas;
4 – Debater sobre o que é crônica?
5- Distribuir texto “espírito Carnavalesco” e pedir que analisem o contexto e escreva um final bem criativo e inusitado.

Parte IV (15 minutos)
Avalie se o objetivo da oficina foi atingido e se a unidade trouxe novidades, se aprendeu algo novo, que reflexões o texto possibilitou que fizesse. Participe!

Parte V (05 minutos)
Neste momento, o formador vai apresentar as próximas unidades, enfatizando uma visão geral e dos conceitos que possam representar algum problema de compreensão durante o seu estudo individual na próxima quinzena.
 
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